O papel estratégico da silagem na pecuária leiteira
Quem trabalha com produção de leite sabe: não existe desempenho no tanque sem alimento de qualidade no cocho. E boa parte do que vai para o cocho começa com uma silagem bem-feita. A silagem de milho é mais do que um alimento volumoso — é a base energética e nutricional que sustenta a produção de leite, especialmente nas épocas de escassez de pasto.
Por isso, cada fase do processo de ensilagem, importa: desde o plantio (garantindo os tratos culturais necessários para o bom desenvolvimento da lavoura e persistência da sanidade das plantas), a colheita no ponto ideal, passando para uma fermentação eficiente (com queda rápida no ph) até o manejo de retirada diário. Erros nesses processos, significam queda de consumo e desempenho produtivo das vacas de leite.

Lavoura, compactação, fermentação e retirada: os quatro pilares da boa silagem
1. Lavoura
Para uma boa silagem precisamos de uma boa matéria-prima. Os cuidados com a lavoura são essenciais para maximizar o valor nutricional do alimento, além de minimizar presença de toxinas e plantas invasoras. Para isso precisamos adotar estratégias de adubações, uso de controle de pragas e invasoras, plantio no momento ideal, de acordo com as previsões de chuva da região. As estratégias são variadas e devem ser ajustadas para a realidade da região e da propriedade. Mas o fato é, precisamos de fazer o nosso melhor que conseguimos para garantir economias com ração concentradas e perdas com micotoxinas e intoxicações nos animais.

2. Compactação eficiente evita prejuízos
A compactação ideal da silagem precisa ultrapassar 650 kg/m³. Isso minimiza a entrada de oxigênio e reduz a ação de fungos e leveduras. Sem esse controle, a silagem perde valor nutricional, abre caminho para mais microrganismo patogênicos e dificulta o consumo pelas vacas.
3. Fermentação sob controle mantém o paladar do volumoso
O pH ideal da silagem deve estar por volta de 4 (3.8 a 4.2). Isso indica uma fermentação lática eficiente, que garante um alimento estável, com cheiro e sabor agradáveis. Silagens com fermentações indesejadas e tendem a ser rejeitadas pelo rebanho e apresentarem um cheiro forte.
4. Retirada adequada evita recontaminação
A retirada da silagem precisa ser linear, uniforme e sem “escavações”. Isso protege o painel do silo, garantindo que não ocorra oxidação e preserva a qualidade do material ensilado. A fatia mínima de retirada diária, deve ser de 20 cm. Pois esta é a distância que o oxigênio percorre diariamente, e cada centímetro mal manejado representa alimento desperdiçado — e dinheiro perdido. Para um bom manejo de retirada precisamos nos atentar ao dimensionamento do silo, quanto maior o comprimento e a altura da área de retirada, precisamos de um maior consumo.
Impactos diretos da silagem mal manejada
- Redução da ingestão de matéria seca;
- Queda na produção de leite;
- Aumento do custo por litro produzido;
- Risco de distúrbios metabólicos no rebanho;
- Desempenho inconsistente ao longo da safra.
Além disso, os problemas com a silagem comprometem a saúde do rebanho e a longevidade das vacas. Um alimento com baixa qualidade nutricional exige mais suplementação, o que encarece a dieta e afeta a margem de lucro da atividade leiteira.

Silagem bem-feita: a base da produção de leite de alta performance
Produzir leite com eficiência exige atenção aos detalhes. A silagem não é um luxo, é uma estratégia de base para garantir a constância na entrega de litros por vaca, especialmente em sistemas intensivos ou confinados.

Cada passo — da lavoura à retirada — precisa ser monitorado com atenção e técnica. Quando bem manejada, a silagem:
- Estimula o consumo no cocho;
- Garante estabilidade nutricional;
- Reduz desperdícios e contaminações;
- Contribui para um rebanho mais saudável;
- Aumenta a produtividade por área e por animal.
Quer mais insights sobre como melhorar o desempenho da sua silagem? Confira o episódio do Porteira Adentro: Conheça a VERDADE CHOCANTE sobre a SILAGEM que ninguém te contou!

Como a Pecuária de Precisão pode transformar sua produção de leite
A boa notícia é que a tecnologia já está do lado do produtor. Com o apoio da Pecuária de Precisão, é possível monitorar variáveis-chave da silagem, identificar desvios precocemente e corrigir falhas antes que virem prejuízos. Além disso, soluções digitais como o FarmTell™ Milk permitem acompanhar o desempenho da dieta, da produção e da saúde do rebanho com muito mais assertividade.
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